Papo rápido sobre livros e lembro quando eu era muito jovenzinha e tínhamos em casa brigas homéricas porque eu não largava um livro em quanto não terminasse. Minha avó reclamava que eu não fazia nada, minha mãe estranhava porque eu não brincava. Até hoje é assim, se o livro é bom não o deixo, vou com ele pelo metrô, pela barca, pelo ônibus.
Jornal não servia pra isso, lugar de ler jornal era na cama, com aquelas folhas imensas que deixavam meus dedos sujos de tinta preta. Mas elas brigavam dizendo que lugar de ler jornal não era na cama. Mas pra mim era. Ainda é...
Tenho afinidade com o papel. O tablet não me convence ferramenta de leitura e como distração acaba a bateria antes de acabar a diversão. Além do mais, tem isso: ficam as redes sociais a me chamar atrapalhando a leitura, como se eu ouvisse as vozes do meu passado a dizer que há coisa melhores e interessantes para fazer - ainda que na minha visão não tão produtivas...
Se no céu tivesse facebook, minha mãe postaria para mim:
-"Larga disso menina é perigoso, podem te roubar"!
Ou quem sabe dissesse:
- "Vai pro quarto ler seu jornal".
Mas no tablet não posso por dentro aquele papel com telefone que uso como marcador.
O tablet não tem segredo.
O computador não tem inocência
E o celular não tem espaço...
Sim, serão os livros meus eternos amigos, por questão de afinidade, por questão de idade. Quanto à garotada fico feliz que leiam qualquer coisa em qualquer lugar e no futuro, quando inventarem um chip que enfiado na nossa cabeça nos transmita todo o conhecimento necessário ou possível ou desejado, a geração geek de hoje, estará como eu com saudade de um tempo quando a bateria que acabava...
Escrevi esse post para o Anselmo Vasconcellos depois de uma dica comentada:Depoimento sobre o livro:
"Marilia Damatta
Genial...simplesmente um livro de cabeceira....muito bem escrito, muito cuidado...bastante abrangente....amei!!!!!!"
Vamos ler?
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