11 de mai. de 2014

MÃES


Tive a felicidade de ter duas mães, uma que com felicidade me acolheu, recebeu, me gerou fora do seu ventre, fez de mim o que sou. 
Uma que para a minha felicidade me deu, Deu-me à vida duas vezes.
Me gerou dentro do seu ventre, me carregou, por pouco me embalou e para não desistir desistiu.

Desistiu da posse, deu-me a vida, recusou-se a dar-me a morte, para que eu viesse a ser.
Tive duas mães.
Uma me contou histórias, outra que era a própria história.

Porque mãe é essência e nunca haverá ausência onde existe compreensão.

Mãe é colo, caule raiz, folha fruto
e o próprio solo.
Solo de plantar, solo de caminhar,

Só as mães caminham, seguem em frente sem jamais faltar.
Que caminhem, sigam em frente sem jamais se ausentar.

Porque há mulheres que escolhem ser mãe, Há mulheres escolhidas para ser mãe.
Há mulheres que escolhemos para que sejam nossa mãe.

Mãe é um ofício que se exerce e se canta, mesmo num canto, mesmo sem canto.
Mesmo em pranto.

Mãe inclui querer o bem, querer a felicidade e muitas vezes abrir mão de uma felicidade suposta.
Mãe é uma resposta.

Porque na frase mãe não há o verbo esquecer, solidão não é predicado, amor é sujeito agente na voz ativa.

Mãe é oração do mundo, prece de deus, antônimo de solidão

Porque há mulheres que dão à luz,
há mulheres que dão a luz.
e, ao final de tudo, com a missão cumprida tornam-se a própria luz.

Feliz Dia das Mães, agora que o dia se fez eterno e a noite não vem. 

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