Era exatamente meia-noite quando o locutor parabenizou todos os presentes pelo Dia Nacional do Samba, bem na hora de a penúltima Escola da noite, a Portela, se apresentar.
Sim, o dia 1o de dezembro tinha-se ido. A União da Ilha se retirava do palco após uma excelente apresentação do seu samba para 2015, Ito Melodia, havia acabado de exercer todo o seu talento de intérprete, mas ainda havia algo de muito especial por acontecer.
Não sei exatamente como, no conta-gotas seleto de público presente, entra na área uma amostra da comunidade portelense. Aguerridos, possuídos, entoando o novo hino da agremiação de Oswaldo Cruz/Madureira a plenos pulmões, como se o soubesse desde sempre, sacudindo bandeiras como se estivessem no Setor 1.
Em pouco tempo o entusiasmo dos cariocas de Madureira, contagiaram a todos, não deu pra ninguém ficar parado.
Muito bonito de ver e, quem gosta de samba apreciou independentemente da bandeira de seu coração.
Muito bonito de ver e, quem gosta de samba apreciou independentemente da bandeira de seu coração.
No palco, os compositores, Noca e parceiros; os intérpretes Wantuir e Wander Pires, Daniele Nascimento e Alex, mais a legendária Wilma - o Cisne da Passarela; a eterna pastora Tia Surica, o grande e tranquilo mestre Monarco. Serginho Procópio, o presidente sambista da Agremiação, que foram como as demais escolas acompanhados pela bateria da Escola campeã de 2014, a Unidos da Tijuca.
Entra a rainha de bateria Patricia Nery, um caso talvez único, de possessão sambística dentre as rainhas,convocando, exortando,animando, cumprimentando e sambando.
Era a Portela, eram capítulos de histórias, passado de glória e muito ânimo,entusiasmo, esperança e fé no futuro que está chegando.
Na Cidade do Samba o Natal só vem primeiro que o carnaval no calendário.
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