29 de mar. de 2015

A REFORMA

Indo pra Roda de Samba da Serrinha. Mas antes, só uma coisinha que talvez eu não saiba como dizer mais tarde.
Hoje é Domingo de Ramos.
Pessoalmente, para mim, a data mais emblemática da liturgia católica e da vida de Cristo.
O dia que marca a perenidade dos julgamentos humanos. O dia que registra que sempre fomos loucos por celebridades... O quanto de "maria-vai-com-as-outras tem o gênero humano e o quanto somos inseguros e indecisos diante das nossas escolhas.
O Cristo rei que adentra à cidade santa com honras populares, apenas 5 dias depois será massacrado e pior: desconsiderado e ridicularizado.
Entre Judas que o vendeu, Pedro que o ignorou e tantos outros que diante da injustiça da impotência fizeram cara de paisagem, fica a reflexão de que nenhum dos milagres de Cristo, tinha como finalidade o milagre em si.
Toda a compreensão, amor, braços abertos, mãos estendidas que Jesus teve para com aquela amostra da humanidade ao seu redor, seja talvez o verdadeiro teor evangélico (no sentido de ensino) que, infelizmente até os dias de hoje os religiosos não desenvolvem em nome da manutenção do poder e da riqueza para um, digamos, "clubinho".
Comer gafanhoto ninguém quer, estar por fora da badalação, também não. Cristo foi massacrado pelo poder e seus ensinamentos, são sementes, trancafiadas entre as garras dos poderosos, sementes que dormem em nossos corações, por falta de luz e cuidados. Ainda assim, é grande a nossa luta por estarmos em evidência. Não basta ter o conforto, precisamos ostentá-lo.
Para mim o Domingo de Ramos diz:
Ainda vivemos como os fariseus.
Precisamos de uma reforma profunda, mas é um caminho solitário, pois que não é questão de uma educação religiosa, mas uma sensibilização para a humanidade que em teoria as religiões têm, mas na pratica não ensinam.
Indo pro samba, afinal o pecado não está fora da gente...

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