28 de mai. de 2015

LEMBRANÇA DE BRASÍLIA | O Creme de Abóbora da Roda de Samba

Passei a vida dizendo, acreditando com certeza plena que não gosto de abóbora. Com exceção do doce que evito porque não sou muito fã do açúcar e a abobrinha - aquela verde que tem pescoço comprido, que eu não comia por implicância com a família leguminosa.
Por outro lado, não sou apegada às coisas que considero menos importantes. Como na vida, somos obrigados a conviver e até sorrir para muitos sabores que não gostamos, coloco o paladar na condição do "aceita que dói menos", afinal, o importante é não ter fome. De modo que nunca entro discussão por coisas que no meu entendimento o outro tenha o direito de pensar, gostar ou ser diferente de mim, até porque, eu não sou referência, nem exemplo para servir de régua para a casa, bairro ou para o mundo.
E foi assim que lá em Brasília, durante a roda de samba, travei contato com algo estranho, com anunciado como caldo e que deveria ter o aspecto que eu costumo dispensar - sopa - detesto sopa.
Como era cremoso e estava bem consistente, convenci-me que era apenas um inofensivo creme e não a sopa inimiga de infância e, na pressa, devido o horário restrito para comer, decidi arriscar. Era um creme de abóbora com carne-seca.
Gente muito gostoso! Não sei se aquele era beneficiado por ótima mão nos temperos ou se o "trem" é assim gostoso mesmo. Mas a carinha da moça que servia ao ouvir-me dizer que estava uma delícia mesmo eu não gostando de abóboras, coroou o paladar.
Não comprei nada em Brasília dessa vez, nenhum tipo de lembrancinha, mas meu coração veio recheado com sorrisos e sabores, as melhores lembranças que um ser humano pode trazer de algum lugar!

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