25 de ago. de 2010

Eu queria que você soubesse que o que começou entre risos por uma porta mal trancada foi aos poucos sendo surpreendido pela tristeza tão comum em nossos dias que se percebemos não demos atenção, pois que a tristeza é coisa tão comuns nossos dias. Vamos vivendo e tornando-nos sábios demais, questionamos o que não sabemos, sobretudo o que não queremos aceitar. Às vezes,quase sempre somos tão evoluídos que nos tornamos descrentes dos cuidados mais óbvios a tomar com o nosso coração e do próximo.Às vezes esquecemos que o próximo não é parente e muitas vezes o parente não é tão próximo. Há verdades desacreditadas simplesmente por que são cafonas, dessas verdades cafonas a mais demodê é: "orai e vigiai". Ninguém vigiou tanto quanto Clarice Lispector e hoje o resultado das suas vigílias e vigilâncias são verdadeiras orações. Clarice vigiava a si, aos seus dias, ao mundo ao seu redor. Vigiava o ovo, vigiava a galinha. Ser consciente do fato de se estar vivendo, muitas vezes não nos faz sentir que estamos vivos, quase sempre nos traz constatações traiçoeiras que não queremos constatar, que parece, não suportaremos.

Conversar consigo mesma, certificar muitas das nossas incompetências para a felicidade e atestar os "micos" que é em dado momento não estar preparado pra viver.

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