Serra pelada de Heitor Dhalia é um filme incrível. Incrível
as reconstituições, figurinos, os cenários,
com montagem perfeita com perfeitas as inserções de imagens reais
da época, incluindo os noticiários, fotografia, edição e o roteiro amarra muito
bem o drama das personagens fictícias tão
reais e para a minha alegria no final uma cena feliz!
Eram garimpeiros mas poderiam ser jogadores de futebol ou qualquer outra profissão que possibilitasse a realização dos sonhos pela posse repentina de muita grana e o acesso aos caminhos do poder.
A narrativa em primeira pessoa feita pela personagem Joaquim (Juliano Andrade) coloca a gente dentro do espírito das cenas que se sucedem possibilitando que nossa percepção vá além da ação, deixando o filme longe de ser apenas um filme de ação.
Eram garimpeiros mas poderiam ser jogadores de futebol ou qualquer outra profissão que possibilitasse a realização dos sonhos pela posse repentina de muita grana e o acesso aos caminhos do poder.
A narrativa em primeira pessoa feita pela personagem Joaquim (Juliano Andrade) coloca a gente dentro do espírito das cenas que se sucedem possibilitando que nossa percepção vá além da ação, deixando o filme longe de ser apenas um filme de ação.
Amigos de infância fracassados cada um a seu modo, Joaquim e Juliano (Juliano Cazarré) vão à corrida do ouro. Juliano não tem família, é boxeador de apostas e foge de uma dívida com um agiota que o ameaça. Joaquim é professor que fica desempregado, com mulher grávida e decide que seu filho será rico. Um é grande e forte o outro magro e mirrado. Poderia ser uma dupla tipo Master and Blaster de “A máquina mortífera”, mas o fortão da história decide pensar , descobri que tinha talento e gostava de matar e dar asas às suas ambições.
O ouro transforma Juliano
e o sonho não abandona Joaquim. Se a sede de poder traz para Juliano a liberação de seus instintos opressores e
assassinos, onde o ter sobrepõe a outros
valores, é a fidelidade a tônica de
Joaquim. Fiel ao amigo, fiel ao projeto de enriquecer para o bem de sua
família. Juliano se integra perfeitamente ao ambiente violento, torna-se
personagem do faroeste caboclo que era Serra Pelada, uma terra onde a lei era a
força, tirania e corrupção.
Juliano e Joaquim prosperam e tornam-se proprietários de um pequeno barranco tornando-se prisioneiros da febre do ouro, num mundo onde se busca e encontra riqueza, mas não há nenhum interesse em se tornar mais civilizado.
O barranco desperta o interesse dos donos de vários outros e Juliano resolve a situação à moda local. Um deles é Carvalho (Matheus Nachstergale), mantenedor de Tereza (Sophie Charlotte) com quem Juliano irá se envolver.
O outro é vivido
por um Wagner Moura calvo e carismático,
gângster e até engraçado, num papel menor mas de muita importância na trama.
Wagner interpretaria Juliano mas devido à proibição de gravar no local e a necessidade de se recriar todo o ambiente atrasou e impediu o ator de interpretar esse papel, tal qual Daniel Oliveira que daria vida ao Joaquim.
Esse é um filme que vale a pena ser visto e sua beleza justifica os 11 milhões da produção eo os quase 5 anos que Heitor demorou para concluir o roteiro. Uma obra de arte.
Nota: 9
Wagner interpretaria Juliano mas devido à proibição de gravar no local e a necessidade de se recriar todo o ambiente atrasou e impediu o ator de interpretar esse papel, tal qual Daniel Oliveira que daria vida ao Joaquim.
Esse é um filme que vale a pena ser visto e sua beleza justifica os 11 milhões da produção eo os quase 5 anos que Heitor demorou para concluir o roteiro. Uma obra de arte.
Nota: 9
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