23 de nov. de 2013

De amor, poemas e mortes

























Como se morre quando começamos a viver?
Como não ser idiota por motivos de amor?
Como se faz quando aquele velho amor pra nós é tão novo
mas se torna uma velha canção enfadonha ao ouvido do amado?
Como reverter a impaciência em energia nova, feito flores que voltam a cada estação?
Ou buscar o dom de perdoar feito um verdadeiro cristão?
A verdade é que não se foge das rimas baratas, vulgares pois na dor todo peito sangra
Não há como ser poeta diante da tragédia comum.
Eu perdi o dom da poesia quando encontrei o caminho da implosão,
os mais belos poemas explodem em risos de morte
Deboches da sorte, dormências, semências e dor.
Foi só um castelo de areia que que o mar levou…
Poetas não calam, poetas exalam, aquilo que engolimos
fingindo provar.
Nosso amor foi como morrer, daquelas mortes que chegam sem dizer
sem bilhete nem explicação.
Aquela morte que nos acolhe no meio do dia,
que interrompe um sonho na noite
daquelas sem tempo pra se despedir
Daquelas que ao se saber não se entende porque.
Mas ainda assim posso dizer meus melhores momentos
foram com você.
23/11/2010

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