1 de abr. de 2006

O DRAMA DOS FORTES

 Sinto a fragilidade de quem encarou a vida de frente e perdeu.

De quem elevou tantas bandeiras
e não se encontra mais.
Acreditei no espírito
Descobri que era carne
Eu, matéria não soube a oração exata
Aquela que desperta os deuses e amansa os demônios
Quer saber?
Os demônios me abandonaram
à sorte dos santos
que de tanto sofrerem
Como, eu, estão mortos pra esta vida...
Ainda me restaria um sorriso
se houvesse verdade
No brilho dos olhos.
O castigo dos fortes
é nunca ter onde pousar a cabeça
O drama dos fortes
é acercarem-se de frágeis ombros.
O crime dos valentes
é irem sempre em frente
sem guardar o caminho de volta.

Não importa o quanto de perdão distribuimos
Se não guardamos nenhum para nós mesmos.
Se o reino dos céus é dos justos, está explicado:
Ele é azul, distante e inexistente...

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