8 de out. de 2012

CAJUEIRO DAS ARARAS I

 No interior do centro urbano do Rio de Janeiro, ou, subúrbio da antiga Guanabara, ou antiga Zona Rural que compreendia os bairros de Jacarepaguá, Barra da Tijuca, Bangu, Campo Grande, Sepetiba, Paciência e sabe-se lá mais o que. Tomávamos café o dia todo, o" bolinho de graxa" talvez seja parente do "de chuva", vinho de garrafão/ barril liberado um copinho ou canequinha (cálice era coisa de fresco) por dia para as crianças - o que me acende enorme ternura pelos vinhos baratos como uma nódoa de infância que não larga meu paladar, ou quem sabe seja um rasgo de luz na minha alma.

Minha mãe e a minha avó fizeram inacreditáveis pães até os anos 80 e minha vizinha Dona Vina, mantinha lá o seu forno de lenha, quase comunitário. Domingos, sim, comida de luxo! Sem feijão quase sempre macarrão com galinha do quintal, às vezes até uma peixada, afinal a gente vivia colado no mar, embora o bípede vivesse parede-e-meia "com nós", colado e cacarejante.

Tem outras coisinhas parecidas, mas essas são as relevantes por frequência. Estou impressionada, eu sou do interior e não sabia!
 

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