20 de out. de 2016

Celular é coisa do demo, D-E-M-O!!!


Insisti por muito tempo em não ter um telefone que fizesse algo mais do que ligações. 
Na minha cabeça, essa tecnologia vai se enraizando na gente como se fosse um vício 
em agentes químicos. Primeiro você vai dar uma olhadinha, depois você não consegue evitar olhar quando ouve o apito, aí você dá uma desculpa sem graça quando alguém te repreende por estar olhando o celular na festinha de confraternização, mais um tempo e você fica completamente bravo com quem pede sua atenção enquanto você dá só uma olhadinha numa rede social qualquer no meio de um encontro e, finalmente, você marca 
o encontro pelo aplicativo, chega ao tal encontro guiado por outro aplicativo e na hora do encontro fica nos aplicativos  de modo que esquece que tem alguém contigo no encontro...

Há um tempo, estava com um tablet  num evento no Vidigal, na volta, dentro do ônibus, a bateria acabou. Só aí, percebi que estive no meio de um monte de gente e não fiz amizade com ninguém. Coisa que nunca havia acontecido antes,  como boa carioca que sou, a cada saída faço no mínimo 1 amigo de infância. Nesse dia decidi, resistir à essa coisa de contatos on line.  Mas aí, veio o infernal Whatsapp, o demoníaco Messenger  e sua bolha que flutua em qualquer tela que você esteja como se fosse um gato carente que exige atenção; então, as  pessoas passaram a telefonar on line. Pior: Passaram a substituir a ligação por  áudios  em tempo real. Pior: Passaram a ficar nervosas quando você visualiza e não responde. Pior: Passaram a dar esporro na linha do tempo do facebook porque eu visualizava e não respondia. Nenhuma dessas pessoas talvez, saibam que eu tenho uma orelha onde o fone de ouvido não cabe sem doer, logo, eu não uso essa engenhoca que se não estiver pendurada no pescoço, fica toda emaranhada dentro da bolsa e acabam arrebentadas ou atiradas longe. Taí um acessório que não me conquistou.
Com isso tudo, aderi com limitações,  a essas porcarias úteis depois que perdi uns 2 trabalhos porque depois de silenciado total não olhava o "zap". Olho o whatsapp pra ver o que é importante, me viro pra responder na hora o que é urgente, me estresso com as as gracinhas  desnecessárias, os vídeos imensos ou bobos e apago todas as besteiras na hora. Os contatos amenos respondo quando estou em casa.

Moral da história: Não me sinto viciada, mas bastante acostumada já que essa tralha entrou na rotina dos meus dias a ponto de eu ter horários para ela. E aí o que acontece? A placa do celular queima... Logo agora que celular está "custando os olhos da cara"

O mundo não é justo e a vida é praticamente um juiz Moro, maltrata só de um lado, algema só uma cor e se não for pra condenar, nem aceita a denúncia. Fim. 

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