30 de nov. de 2008

NOITE BRANCA DE 2008 FOI O EMBRIÃO DO VIRADÃO CULTURAL

Dia especial!
CCBB e depois Casa França Brasil. Estava ainda meio tonta com o Aleijadinho... Pensando tanta coisa... Exposição linda e agente fica imaginando que Deus é realmente misterioso e deixa sinais por todos os cantos. Não há como não se impressionar com essa figura. Não a figura de Deus que já é por demais impressionante, mas a do Aleijadinho. De repente me via querendo saber se ele havia estudado arquitetura, porque não tinha casado, minha companheira de aventura me responde que era devido as suas deformidades, aí respondo que ele só as adquiriu aos 40 anos e naquele tempo todo mundo casava cedo... Não vi na exposição nada que matasse essas cruéis e vis curiosidades mesmo depois de ter assistido aos 2 documentários. Decido que ele não casou porque trabalhou o tempo todo! Surpreendo-me com o fato de ele ter projetado igrejas - ora, eu achava que ele era apenas escultor! Descubro que ele tinha uma equipe, nunca parei para pensar que ele não poderia ter feito tanta coisa sozinho...
Nunca vi os 12 profetas "pessoalmente" e fiquei pasma ao perceber que eles tinham deformidades como o seu criador! Ora, devo ter dormido na aula ou o mestre nunca me falou de uma fato tão relevante! Afinal, conheci Francisco Lisboa na 5ª série e mais me impressionou na ocasião o fato de ele ter trabalhado com as ferramentas atadas às mãos... Feri o pulso com um cinzel naquela tarde tentando esculpir um pedaço de madeira!(eu só tiha 11 anos)
Deus, aquele homem acreditava em Ti, e tinha certeza de que iria para o paraíso e não deixou nada pra depois, trabalhou com amor e revolta, criou aqui na terra o paraíso no qual estive ontem na Noite Branca e outro nome não seria mais apropriado... Viajante pelos ouros de Minas e entalhes barrocos, compreendendo ou tentando entender aquilo que a escola falhou ao ensinar, boquiaberta diante da fibra daquele homem, fui abordada por uma senhora que nos convidou a ir à Casa França Brasil assistir BAMAKO, uma exposição de fotos de autoria de profissionais da África e da Diáspora africana com música afro e um desfile de modas idem.
Do conforto do CCBB para a simpatia e calor alucinate da Casa França Brasil. Mas um fim de tarde primoroso! A Candelária contra as luzes avermelhadas do poente! O DJ negro e lindo, a música maravilhosa que deu vontade de esperar o desfile!
Ambiente quente, tema quente e meu sangue fervia! Era bom estar ali e na Noite Branca rever meus ancestrais em versão techno, com mix...
Depois conto mais
Em 26/11/2006

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