16 de jun. de 2014

O HINO

Cena inesquecível, ainda que (me pareceu) incidental:
Carioca da Gema em peso cantando o hino nacional no show da Ana Costa é emocionante, arrepia e não tem preço. Que flauta é aquela!!!!!

Postei isso no meu facebook e aí aqueles blockeds vão poder ter o prazer ter uma notícia de lá hehehe.

Depois disso descobri que a flauta mágica é do Dirceu Leite. E foi assim que ao final de uma música, entrou a melodia incidental do Hino Nacional Brasileiro, pareceu que seria apenas uma finalização bacana para mais uma canção, no entanto,  o público engrenou a cantar o Hino, com força, veemência e prazer. Ninguém em posição de sentido, ninguém de mão ao peito, ninguém largou o seu copo, mas os olhos brilhavam e é isso que a nossa nação mais que nunca precisa: De olhos que brilhem, de paixão não só por suas cores, mas por seus amores. Olhos que brilhem e tenham fé, acreditando no poder próprio. O bar coalhado de turistas que olhavam e não consegui perceber que expressão faziam, sei que nessas horas a gente se sente brasileiro num grau que encheria de orgulho aquela "tia" que nos ensinou a cantar o hino. Um orgulho que deveria perdurar, para além da copa, para além do questionamento de deveria haver ou não. Meus sais, como assim alguém poder pensar que não teria Copa?? Essa Copa que já esteve no Japão, já aportou na África e até na América do Norte onde o pessoa nem curte bola redonda tanto assim.

Essa Copa sonho de consumo de milhões de pessoas, sonho de milhões de garotos, Como se de repente todos os nossos problemas fosse o futebol e o aborto de uma competição pudesse resolver tudo ou muita coisa. Não sejamos como o corno suicida que não se mata mas culpa a paixa por sua cegueira e falta de jeito. Porque se tem gente usando a Copa pra anestesiar o povo, é fato que há muitos usando a não-copa para amargar os dias de muitos. Para não ter Copa não deveria também haver futebol e para não haver futebol, teria que não haver o talento. Não é de hoje que o povo é acusado pela outra parcela de povo de ser alienado por uma bola, de ser anestesiado por novelas. Aquela coisa pedante de brasileiro que cita o povo em terceira pessoa como se ele fosse ariano ou caucasiano. Aquela hipocrisia nacional de falar mal dos políticos e cometer em menor escala os mesmos delitos seja furando uma fila, seja não se preocupando com a aplicabilidade do dinheiro dos pais. Aquele comportamento preconceituoso de cobrar do povo um comportamento que ele nunca recebeu preparo para ter e se comportar da mesma forma só que falando mais baixo e xingando mais bonito. Emfim que a Copa está aí, a polícia está aí e o quebra-quebra está tentando sobreviver e deixando a política de lado, voltemos à música.

O Carioca da Gema é das poucas casas "fechadas" (aquelas que não dá pra ver nada dentro quando a gente passa na calçada) que frequento na Lapa e isso se deve única e exclusivamente à programação. Quase certo eu surgir por lá quando tem apresentação da Ana Costa, Toninho Geraes, Luiza Dionísio e felizmente eles sempre estão por lá, a Ana mais frequentemente. É uma casa de samba, diferente das outras que oferecem muito pagode e de outra de samba pra turista.

Próxima sexta, a casa comemora aniversário - não faço idéia quantas primaveras, mas devem ser muitas pra uma casa na Lapa, onde as portas fecham com um nome e abrem com outro a cada dia e Ana estará lá regendo a comemoração mega bem acompanhada por seus ases da música, povo como o flautista mágico Dirceu, o maestro do Nívea Samba Alceu Maia e mais galera que a incompetente aqui não decorou o nome, porque demoro um século para associar um nome a uma figura. Mas isso não é tão importante desde que você se tiver sem saber o que fazer, entediado, chateado ou feliz demais passe por lá. Se não gostar, me escreve aqui, providencio sua internação!

Fica na Mem de Sá, 87 - Lapa - Rio de Janeiro. 

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