31 de dez. de 2014

O QUE SALVA O SAMBA


O carnaval carioca, apesar de ser uma representação do samba já embranquecido e mercantilizado, é o maior espetáculo da Terra e o que empresta essa grandiosidade é o componente das escolas.
É o trabalho pouco visto durante o ano. É a abnegação de uns loucos apaixonados por suas agremiações, pelo seu trabalho, pelo dom que que tem.
Claro que é necessário ser político o suficiente, para se manter nas graças das mídias que muitas vezes exploram o pior da festa e das pessoas, o que vale menos e, quando não encontram inventam, desde o tempo da Marlene e da Emilinha é assim. Alimenta-se a rivalidade, espeta-se a vaidade.
A união não vende; a briga, a fofoca, vende. A mídia não está aí pra trazer cultura ao cidadão, mas pra se alimentar justamente da falta de cultura reinante no mundo.
A gente deve ter lá nossa parcela de culpa quando compra uma revistinha dessas, né?
Daí é preciso articular se quiser manter-se grande, é preciso dosar muito bem o quanto de agrotóxico se precisa na árvore, de modo a não alterar o DNA da raiz e não deixar que ela seque por falta de adubo, insumos - patrocínio.
Indiferente a tudo segue o componente fazendo o que é solicitado, cumprindo ordens, passando sufoco. Perdendo ou ganhando ele estará lá como se fosse um eterno recomeço sem histórico ruim. E de certa forma, é.
As "elites" falam mal dele, o componente do povão. É o samba, o carnaval e a cerveja que ele tanto aprecia os responsáveis por tudo de ruim que acontece no país, ainda que tudo o que essa tal de elite usufrui e se delicia tenha sido construído por ele, componente da escola de samba, quando não está no samba. Tal qual no tempo da escravidão.
Hoje eu oro pelo componentes das escolas que como a esperança, não são vistos, mas estão lá fazendo as coisas ficarem certas. Que tenham sempre um bom líder à altura do seu amor pelo seu pavilhão!

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