13 de jan. de 2010

O CELULAR

Eu pensei que não se roubassem mais celulares na rua...

Está tão barato, todo mundo tem. Finalzinho do ano fui a uma festa social para crianças carentes e percebi que muitas delas ou suas mães tinham um celular. Todas tiravam fotos com papai noel. O serviço grátis do fotógrafo foi pouco requisitado, afinal pra que esperar "mó tempão pra imprimir a foto. No celuar a gente já mostra pros outros" 

Tinham razão, até porque foto a enchente leva...

Há mais ou menos dois anos, um ladrão bonito e bem vestido puxou meu celular pela janela do C10 (micro-ônibus da linha Central - Bairro de Fátima, no Rio de Janeiro-capital)) e levou a metade do aparelho, uma moça gritou mas não ouvi a tempo. Puxei de um lado e o ladrão de outro e prejuízo de 50% pra mim e lucro de 50% pra ele... Bem, ao menos preservei minha agenda e o telefone funcionava no viva voz...

Hoje, um crackeiro fedengoso, muito feio deu um bote e tanto no meu cel roxo batata. Eu estava falando e ouvi uma voz dizer: sai. Perguntei: como? A pessoa que conversava comigo disse, nada, falaê. Ouvi de novo: - sai! Quando me levantava pra sair senti a garra do cara raspando na minha fronte lado esquerdo e todos do ônibus falando.O cara atravessou a pista de volta e ficou me apontando com o indicador como se me desse vários tiros imaginários. Pela janela disparei nele também, um tiro só. Sorri, acenei, o ônibus partiu, soprei o cano da minha arma tão imaginária quanto a dele e fiz uma nova ligação;

Estou indo acender uma vela pra S.Jorge, outra pra voz que mandou eu sair e mais uma pra S.Dimas na intenção desse ladrão, porque estou com raiva, afinal sempre respeitei mendigo, tem que ser muito fudido pra roubar celular em ônibus, né? Pensando bem, coitado!

Pensando melhor: Deus, obrigado!

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