17 de jan. de 2010

Solidão(da)Lésbica no BBB 10


A lésbica do BBB10 chorou... A princípio por sentir saudade de uma "pessoa" que deixou fora da casa. Não sei mais sobre o pequeno trecho de "notícia" que li no site, mas eu acho que ela chorou de solidão. Não a solidão derivada da saudade de uma pessoa - possível amor, mas a solidão a qual somente ela está submetida nesta edição do jogo. Angélica está em confinamento duplo! É um jogo para ela desleal.

Todos os participantes deixaram pessoas no mundo lá fora, partindo para uma aventura de R$1.500.000,00 o que pressupõe que muita coisa, tudo ou quase tudo poderá acontecer.

Alguns deixaram apenas parentes para os quais a conta bancária repentinamente supradesenvolvida dissolveria qualquer explicação para atitudes que num contexto normal exigiria explicações. Outros deixaram amores e arremedos de amores. Relacionamento e arremessos de relações. Compromissos afetivos e afetos caminhando para o descompromisso, enfim, para todos esses e as sua infindáveis possibilidades afetivas fora da casa, existem muitas possibilidades de afeto dentro da casa, menos para Angélica. Que com nome este nome de referência angelical, está fadada a pensar-se na casa como um anjo, desprovido de sexo, tal a sua falta de opções fáceis  no quesito evidência e obviedade.

No primeiro papo do programa, Angélica precisou falar da sua opção sexual, esclarecê-la. Pouco depois a câmera mostra seu diálogo com outra participante, em que ela diz que não quer mais falar sobre a sua sexualidade, que por ser assumida não necessariamente precisa ser "escrava"deste assunto (essa é a minha leitura das suas palavras, textualmente aconselho que se busque na internet). Certíssima ela que a opção sexual não é determinante na postura de vida de uma pessoa. Porém ser assumido direciona socialmente o foco das pessoas para esta sexualidade, atrai para ela a curiosidade maior ou menor conforme a postura do assumido, de acordo com o nível do envolvimento das pessoas com o assunto e, vamos combinar que todos se envolvem muito com o tema! As pessoas simplesmente adoram especular tanto a sexualidade quanto a vida sexual alheia o que não significa que procurem administrar bem as suas próprias...




Angélica revelou que há 8 anos fazia sexo com mulheres apenas, sabendo-se que um confinamento potencializa as carências,  como reagir caso sinta desejo por alguma das meninas heterossexuais da casa, estas com um cardápio bem variado de opções?

E se o seu interesse recaísse sobre um dos rapazes? Esclarecendo-se que em condições normais amor, atração, interesse não prescinde de categoria sexual, o maior problema é que sendo educados com conceitos alheios, regras sócio-morais que não acompanharam as evoluções científicias, sociais, emocionais e humanas vivemos em condições totalmente não-normais (não direi condições sociais anormais para não ferir o ego de pessoas mais conservadoras que, embora leitoras e amigas quero que se lixem com o seu conservadorismo que impedem a todos, inclusive elas mesmas, de usufruir de uma linda palavra chamada felicidade...)  

Como administraria o fato de ter alguém acompanhando seus passos e atos lá fora sendo este alguém a sua "pessoa", sua companheira?
Será que passa na cabeça de Angélica o filme sobre o julgamento que o Brasil inteira fará sobre?
Angélica tem muito mais questões para equacionar que qualquer outro BBB nessa décima edição... Resta-lhe a saudade e a ela atribuir todo o peso da solidão.
Certamente ela não avaliou essas nuances ao se increver. Teria a produção já contado essas favas ao definir os participantes?
O número único, ímpar, solitário de participantes lésbicas no BBB 10  teria sido falta de opções das potenciais participantes que se apresentaram ou uma certa maldade para estudo empírico?
Pense bem, ganhar R$1.500.000,00, um pouco de notoriedade, virar celebridade ainda que por pouco tempo pode ser muito mais complicado do que parece...
Angélica  afinal seria a lésbica assumida com orelhinhas Playboy?

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