15 de dez. de 2012

Dona Canô, Niemeyer, Chico Anysio

Dona Canô era daquele tipo que todo mundo queria ter como avó, bisa e por que não, vizinha, ou mesmo mãe...
Pelas coisas que dizia,  não parecia vinda de uma época rude, antiga, de  atraso e  preconceito. 
Pelos filhos que deu à música, nem parecia gente, mas algo encomendada. 

Esses velhinhos shows de bola, com mentes que rejuvenescem enquanto o corpo decai, talvez sejam um aviso que enquanto cuidamos demais e somente do corpo algo de errado e terrível pode acontecer...
Dona Canô completou a idade redonda - 105 anos, esperou o natal e se pirulitou, imagino que,  na ânsia de experimentar o manjar que os anjos fazem pra comemorar essa festa universal.
Niemeyer foi diferente, não tinha mais como ficar num lugar onde nossa arquitetura mental está comprometida com o concreto - aquele que não contribui com o espírito.

E talvez por que seja fim de ano, lembro daquele que partindo levou consigo tantos... A morte de Chico Anysio foi um genocídio causando saudade múltipla. Eu não era da família dele, mas certamente, um daqueles que ele se transformava era!

Esses "véios", sábios e safadinhos, nos deixam aqui com cara de tacho a remoer as vezes que acreditamos que fossem eles realmente uns velhinhos. 
Percebo que os inteligentes estão mudando de mundo...
Pense no nível da conversa que rola em algum lugar do paraíso!

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