20 de fev. de 2013

A incompetência para a felicidade é um traço da Humanidade.

As pequenas coisas que compõem nosso dia-a-dia 
não nos dão tempo para pensar.
Elas nos conduzem, nos encaminham, nos arrastam.
Elas nunca são as mesmas porque não são iguais.

Nós generalizamos a vida que não tem rotina.
Prevemos os percalços e imprevistos
Chamamos de transtorno o inesperado
Ai, como somos rotineiros!

Rotina bode expiatório das nossas incapacidades e falta de jeito para os improvisos.

Precisamos de direções e diretrizes.
Criamos leis para nós mesmos
Inventamos regulamentos
Produzimos tudo o que nos atrapalha
Buscamos tudo o que dificulta
assim podemos criar mecanismos que facilitem.

Transformamos os prazeres em pecados
Mudamos coisas boas para imorais.
Criamos crianças do jeito que não foi bom pra nós
Criticamos em outros o que fazemos também.
A incompetência para a felicidade é um traço da Humanidade.

2 comentários:

  1. Eu acho que felicidade é vocação. Tem a herança cultural judaico-cristã da culpa e tal, mas tb tem uma idealização do que vem a ser felicidade como se fosse um orgasmo mental permanente, quando não é isso (aquela famosa frase "eu era feliz e não sabia").
    Eu acho que as pessoas só conseguem ser verdadeiramente felizes quando param de correr atrás da felicidade idealizada e passam a tocar a vida sem muita angústia de saber se vai ser feliz ou não.��

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  2. Oi, Daia!
    Eu acho que o seu comentário tem tudo a ver com a última estrofe desse pseudo-poema e concordo com você. Há essa questão da herança judaico-cristã conforme você comenta e a "envernização" do capitalismo que joga a questão da felicidade para o adquirir e aí na grande maioria das vezes ou a grande maioria das pessoas sem referência para a própria felicidade passam a julgar a felicidade alheia baseadas nos seus padrões que nem se relacionam diretamente com felicidade. Por exemplo: "como pode aquela mulher ser feliz sozinha?" Como pode o pobre ser feliz?" Uma "coisificação" mesmo.

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