5 de jan. de 2009

SEM JEITO

Amanhã é dia de viver e eu não estou a fim.
Tenho tendências suicidas de mortes sem motivos.
Daquelas que queremos morrer só pra ver como é…
Ninguém sabe o quanto sofre a alma deprimida

Essa vontade de fazer coisa nenhuma e  ficar parada
Esse jeito de quem percebe que tudo sempre dá em nada.
Essa mente que enxerga a vida sem sentido.
Tanta voz que não encontra ouvido

A gente se agarra em qualquer coisa pra não enlouquecer
Copia modos e maneiras tentando não sofrer,
Nem sempre dá certo, nem sempre é
Às vezes é só a conta do café…

Eu sonho com a bala perdida que vai me encontrar
A tragédia que deveria colidir com essa vida besta
Pondo fim a tantos pesadelos que o viver se torna
quando somos assim, sem jeito.

É ruim viver assim, sendo um entrave.
A viga torta que sustenta um teto de papelão
Esse pelo de sentimento que não quem desencrave
Não compensa ter bom coração
Não adianta fazer o bem,
Ninguém consegue dar o que não tem
Não adianta acertar uma vez
Porque a gente acorda todo dia
Sem certeza, só com um talvez
E não importa o pensamento:
Tem-se que acertar a todo momento.

05/01/2009

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