14 de jul. de 2014

EDUCAÇÃO EMOCIONAL




Percebi desde o início da Copa, com a chegada dos jornalistas e depois encontrando com os turistas, que o europeu consegue ter uma compreensão do Brasil, maior que nós brasileiros. Não coloco os colegas continentais nesse pensamento, principalmente nossos vizinhos hermanos (chamados de argentinos)  porque entendo que rola uma relação como naquele programa "Casos de Família". Somos próximos demais, parecidos e aí rola aquela
 vibe da Psicologia, coisas como competição, recalques, invejas e invejinhas, mas no fundo todo mundo sabe o que é só não aceita.

Vários jornalistas europeus, entendiam as manifestações como direito legítimo e não viam nada demais que acontecessem, eles estão acostumados, né? Teve jornalista desistindo de trabalhar cobrindo o evento ao saber da remoção das famílias ali na Mangueira. Enquanto que artistas, esportistas e midiáticos, aconselhavam a guardar o descontentamento para depois que a visita fosse embora, o que achei ridículo. 

Quem vandalizou a Centro de Imprensa ao invadir o Maraca? Quem "morou" nos estacionamentos proibidos, favelizou as áreas de camping urbano?
A capacidade de raciocinar com lucidez, estabelecer articulações entre a idéia que apenas se faz por conhecimento vago, remoto e as novas idéias,aquelas  trazidas pela oportunidade do conhecimento vivido, não reside em determinados continentes por antigos e desenvolvidos que sejam, mas na educação, na orientação pedagógica. 

A leitura é um grande benefício para suprir deficiências de conhecimento, mas desprovida da capacidade de interpretar, pode gerar pensamentos absurdos, retrógrados, insensíveis incapacitando a evolução, o entendimento, a harmonia.

Então que com essa Copa das Copas aqui no Brasil, eu passei a duvidar dessa mística da emoção latina. Que os latinos são mais emotivos, tem sangue que ferve mais depressa, são mais passionais e outras coisas do gênero. Comecei a pensar que simplesmente temos uma emoção menos educada, pouca educação emocional e que saber, falta educação mesmo!


Vi europeus dando bitoquinhas pra comemorar vitória, enchendo a cara, berrando na rua, falando alto em restaurantes e tudo aquilo que na Europa ouvia reclamações como sendo um comportamento brasileiro. Todos somos capazes de entusiasmos que nos levem às portas da grosseria, apenas quando estamos "domesticados" sabemos nos conter na maioria das vezes. Não somos mais emotivos que ninguém, essa diferença é individual.
Sangue latino e vermelho e nunca vi sangue azul... :P

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