7 de dez. de 2014

SEM GENTILEZA PRA GERAR GENTILEZA

Carlinhos Brown mandando beijo pra mim, que estava ali na ralação
Cheguei no Portelão cedo. Aquele papo com os amigos, ando pra lá e pra cá. Eu sei das dificuldades que me esperam,. cansada de uma noite não dormida, mas é que cores e imagens me deixam acesa e me tiram qualquer sombra de mau humor. Câmera para curta e média distância, numa área muito grande, pessoas muitos centímetros maiores que eu, celulares concorrentes ávidos e eufóricos, fotógrafos em estado de guerrilha.

Não porto minha câmera como uma arma, ela não me serve de símbolo fálico. Devido aos longos trajetos feitos em transporte público e alguma distância percorrida a pé, minha opção é carregar equipamento leve e discreto, escolha que não colide com a minha proposta. Meu objetivo fotográfico é bem definido, sou autônoma, idealista, grau de ambição muito leve e assim, posso ter essa liberdade.

As pessoas não me atrapalham, se o olhar é criativo em uma ou duas horas oportunidades não vão faltar, até porque o samba se repetirá e as personalidades portelenses são amplamente colaborativas. O que atrapalha é o colega fotógrafo, do tipo que não sei se por vaidade, arrogância, machismo ou tamanho maior, acham que eu sempre tenho que abaixar minha câmera, ceder a vez, quando eles tão melhores equipados poderiam contornar minha "interferência" com gentileza e gosto pelo desafio, afinal isso não pode faltar em quem se propõe a tirar fotos. Alguns proporcionando passagens ridículas, mas deixa estar, se são felizes assim, pior pra eles, afinal, não sentamos na mesma mesa para tomar um "refri" ou cerveja e contar coisas legais do nosso trabalho,feliz ou infelizmente...


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