10 de ago. de 2009

Parte 1


Odeio a civilização e quero morar no mato!
Longe, muito longe.
Mas não quero fazer cocô na moita, nem ficar marcada de picada de mosquito, nem encontrar cobra em cima da cama!
Na verdade gosto muito de banho quente e lençol com cheiro de amaciante. Também odeio lavar roupa e imagem de um tanque de lavar me causa náuseas e calafrios!
Celular eu dispenso, é a invenção mais chata do mundo! Só se dispõe a pagar caro pela ligação quem quer te encher o saco! Ou quem precisa de algo urgente, no geral grátis porque vai ter que pagar os créditos! Prefiro não comentar sobre as ligações a cobrar...
Mas algumas coisas depois de se ter não dá pra viver sem... Como o teclado por exemplo... Eu sequer sei escrever à mão...E creio que não exista quem consiga ler o que consigo escrever de próprio punho!

Ainda assim, hoje gostaria de viver longe de tudo que significa civilizado. Houve um tempo que quando falava civilização eu imaginava Paris, Roma e até Grécia. Depois pensava em smoking e jóias. Às vezes carros esportes vermelhos ou pratas. Um dia civilização virou sinônimo de ônibus com horário e horário de almoço que sem que eu pudesse perceber viraram sinônimos de filas e depois de fura-fila e depois de quase porrada mesmo...
Já viram como é tomar um ônibus na Rio Branco? Uma sequencia de pontos, cada qual com as suas placas anunciando os respectivos ônibus que ali param. É preciso apurar a visâo, olhar como quem quer acertar um bicho na mata e depois usar da intuição pra descobrir ondeo o tal ônibus vai parar, geralmente muito longe do local assinalado, na pista do meio, lá bem pertinho do sinal que está vermelho. Você se espreme entre pelo menos 5 estudantes, 3 senhoras e 2 cavalheiros que deicedem no memso momento que você passar entre os 2 párachoques dos ônibus parados no ponto. Acontece um engavetamento porque entre estes dois parados no ponto e o seu ônibus de destino acelarando no meio da rua passa uma moto... Pensando que essa experiência desastrosa acontece ali na calçada do Rio Sul... Na Dias da Cruz e até Praça Seca...
Não, não quero mais ver essa cena! Não quero mais viver nesta, cidade, nem neste país que tem um imperador chamado Sarney. Eu quero ir pra um lugar que não tenha nada disso e pra não ter nada disso, não pode ter gente...

Eu não quero comprar um CD original e ficar horas numa fila pra pegar um autógrafo de um cantor que não me atende. Ele sonhou que número de sorte naquele dia era 15 e lá vai atender 15 pessoas, ainda que só tenham 16 na fila... Depois reclamam da pirataria. Também não quero seguir no Twitter pessoas que me mandam mensagens dizendo: Me siga! E elas não seguem ninguém, não recebem seus pios, não sabem quem você é... Invenção miserável esse tal de Twitter também!

Eu não vou mais incrementar meu orkut porque lá faço mais contato com a concorrência do que com amigos e audiência. Lógico, amigos me ligam, né?

É tanto a vida virtual como a real está tão repleta de problemas que o melhor é ir pra algum lugar menos civilizado e fazer um curso de conversa por tambores...

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