Diante das estatísticas que informam nascer sempre um
número muito maior de mulheres do que de homens, aceito a tese do autor e
imagino que o ”raciocínio” da mother
nature vá em direção à reprodução. Afinal, hipoteticamente, se um homem transa com uma mulher por dia, poderá produzir 365
filhos ao ano e uma mulher não terá mais que um, ainda que transe alucinadamente
com vários homens por dia sem nenhum método contraceptivo... Mas o que vejo me
faz discordar da minha amiga, mulheres
se arrumam para encantar e seduzir os homens? Creio que é justamente o contrário,
mulher se arruma, penteia e perfuma numa tentativa quase insana de abalar a
concorrência feminina!
Um homem quando vê uma mulher gostosa, admira e se torna predador,
caçador, perseguidor. Sim, ele parte para o ataque na missão de gerar um novo
exemplar da espécie ainda que “destruindo” o espécime que lhe atraiu. O seu
ímpeto é o de colecionar e talvez, não lhe passe pela cabeça a idéia que aquele
belo exemplar logo será uma lembrança a mais, como a cabeça de um alce pendurada
acima da lareira de um caçador. Uma foto
a mais para se guardar ou para se excluir do perfil do site de relacionamento. Ainda
assim, ele admira.
Uma mulher ao ver a outra linda e gostosa, tem olhos
especializados em encontrar algo que não seja digno de admiração. Um pneu, um
peito caído ou pequeno demais, uma estria, um cabelo falso, uma nádega de
silicone. Como se essas coisas pudessem realmente denegrir. Mesmo assim ela
corre para tentar clonar em si tudo o que puder daquela bela que aos olhos
delas “nem é grande coisa”. Quase um ritual de antropofagia...
Neste ponto do meu raciocínio comecei a ter admiração
pela ternura que muitas lésbicas nutrem pelas mulheres femininas. As lésbicas,
ditas “caminhoneiras” percebem mesmo nas
menos belas, um encanto que as próprias não conseguem ver e põem-se a
reproduzir os gestos que os homens não estão mais tão dispostos a ter: gentilezas
simples ou complexas como enviar flores ou
acreditar no que suas musas lhe dizem.
O conceito de ativa e passiva que hoje se encontra em estado
de história da carochinha ainda é parte dessas mulheres que penduram em suas
lembranças os orgasmos proporcionados àquelas que ousadamente, desistiram de
esperar que em cima do cavalo branco venha montado um príncipe encantado e do
sexo masculino. Na teoria tudo isso funciona super bem, o diabo é que mulheres
não pensam em “abater suas vítimas” num dia, nem planejam perpetuar a espécie
entre elas! Não lhes, basta a sensação de vitória de uma conquista. Uma
transadinha, pra mulher não é o fim, mas um começo...
A mulher quer levar pra cama, quer ir pra cama, sim, mas
também pro shopping, cinema, boate. Não quer domingos livres pra sair com as
amigas. Elas querem levar pra casa, querem companhia que possa ser acintosamente desfilados na cara das suas
“concorrentes”. Mulher deseja companhia que a faça feliz de um jeito que possa ser exibido mundo
a fora, afinal, de que adianta ser feliz se as amigas, inimigas e ex não ficarem sabendo de tanta felicidade?
Se os grandes pensadores filosofaram a respeito do ter e do ser, foi a mulher que abriu a terceira via, criando o verbo
parecer. Parecer jovem, parecer bela, parecer rica, parecer feliz. Não há
festa, bar, boate ou encontro suficientemente bons se não oferecerem
oportunidade de parecerem lindas,
arrojadas e disponíveis. Uma balada para ser boa tem que ao menos se parecer com
uma grande oportunidade na qual encontrarão finalmente, “a pessoa” da sua vida! E, como se trata de mulher, pessoa para levar para casa, apresentar às amigas e
exibir é claro, nas rede sociais para
que a ex de alguma forma fique sabendo.
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