Proibida de votar, vista como ser inferior incapaz de promover suas próprias escolhas. Culpada pelos erros do cônjuge e dos erros praticados pelos filhos. Condenada sem direito à defesa pela infertilidade mesmo que essa não fosse sua.
Punida pela decadência física que o tempo traz para todos. Rejeitada e culpada pelos revezes de uma gravidez indesejada, estigmatizada pelas doenças na época chamadas de “venéreas” e se for falar dos desgostos que a condição feminina já causou, a Revista S! inteira talvez não fosse suficiente...
O mundo evoluiu a mulher ganhou espaço e algum respeito, mas naquilo que é engendrado dentro dos nossos pensamentos o que mudou? Pouca coisa, quase nada, as mudanças são externas em função dos patrulhamentos, as idéias mudam a forma e matem o conteúdo.
Quem
se lembra do último BBB? Os participantes talvez que protagonizaram um conto de
fadas, com temperos picantes e com direito a um ogro e muitas intrigas: Diogo Gago, disparou suas insanidades referindo-se
ao comportamento de “algumas” mulheres, na
verdade sua não aceitação à liberdade Ok, ele era apenas um machista insano
passível de usar medicação que lhe proporcionasse um comportamento mais
suportável. Segundo Maria deveria ter
contado para Maurício sobre a tentação que signifcou o saradíssimo Wesley, seu
corpo talhado em academia e atitudes
regadas com testosterona. É fato que o comportamento do loiro, belo e
másculo médico chamou atenção num ambiente onde a masculinidade se manifestava
na camaradagem de um “Clube do Bolinha” compostos de rapazes amáveis entre si,
de posicionamento rude para com as mulheres. Mas não seria também um ato digno,
Maurício ter contado para Maria que desistia dela por ter “descoberto”
“verdades” a seu respeito? Agora que tudo passou ele encontra um desculpa
frágil, travestida do que ele diz ser respeito ou proteção... Então tá.
No
meu entender, ser um quase corno atrapalhou muito menos a frágil relação do casal do que a possibilidade de
Maria ser uma garota de programa... O boato levado às vias de fato como
realidade absoluta, para o qual ele não sentiu necessidade de confirmar ouvindo
dela mesma. Maria foi rejeitada, por ser chata, insistente, entregue a um amor
recente e sem raiz e essas suas atitudes acabaram por se tornar o motivo de uma
separação para um casal que nunca se uniu de verdade.
A
confraria masculina apoiou e incentivou o jovem músico a não passar atestado de
cornolice e o rapaz, incentivou a todos que usassem uma linda camisa contra o preconceito. Maria, agora rica,
princesa e bem amada, no seu afã de suposta apaixonada e mulher carente causou
asco, espanto, tornando-se quase um exemplo de humilhação feminina e falta de
auto-estima. Nada que 1,5 milhão não nos faça esquecer...
São
jovens que foram tentando fama, sucesso,
grana e por isso tentam imaginar a melhor forma de agir diante dos olhos dos de
fora decidem o direito deles à
oportunidade de conseguir esses objetivos. Nós manifestamos muitas vezes
pensamentos semelhantes em coro com a hipocrisia de um jovem que votado para
retornar a um ambiente para fazer o circo pegar fogo, tomou ares messiânicos de
um portador de informação privilegiada. Os mesmos ares que percebo naqueles que
criticam as profissionais do sexo ou aquelas que praticam sexo de forma só
permitida aos exemplares masculinos.
Complicado ser mulher no século 21, onde as descobertas científicas vão de encontro à saúde e preservação dos direitos dos prazeres do corpo... Era mais fácil ser arrastada pelos cabelos na Idade da Pedra afinal, as coisas são mais simples quando não se tem escolha, a ignorância ofende menos quando o desconhecimento é regra geral , embora a dor que toda ignorância promove não seja menor.
Caminhamos para o lado oposto ao que a experiência e a razão mostrarão um dia, é o que reflito quando percebo alguém que atuou na erotização precoce do vestuário infantil, fazer hoje a justa e digna campanha contra a exploração sexual na infância. Crescemos e aprendemos e se não podemos mudar o passado, podemos ao menos melhorar o futuro e por isso as lutas por igualdade e liberdade não cessam e não terminam.
Complicado ser mulher no século 21, onde as descobertas científicas vão de encontro à saúde e preservação dos direitos dos prazeres do corpo... Era mais fácil ser arrastada pelos cabelos na Idade da Pedra afinal, as coisas são mais simples quando não se tem escolha, a ignorância ofende menos quando o desconhecimento é regra geral , embora a dor que toda ignorância promove não seja menor.
Caminhamos para o lado oposto ao que a experiência e a razão mostrarão um dia, é o que reflito quando percebo alguém que atuou na erotização precoce do vestuário infantil, fazer hoje a justa e digna campanha contra a exploração sexual na infância. Crescemos e aprendemos e se não podemos mudar o passado, podemos ao menos melhorar o futuro e por isso as lutas por igualdade e liberdade não cessam e não terminam.
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