19 de abr. de 2011

SOBREVIVER


























Minha amiga perdeu a mãe. Um mês depois, o pai. Na semana seguinte a cadelinha de estimação.
Não lhe caberia o poema aquele onde tudo está perdido “mas tens ainda um cão”
Diante de certos fatos não há o que dizer, nenhum consolo é capaz de resolver.
Levei dias até conseguir lhe telefonar, quando chegaram dois amigos meio eufóricos atrapalhando a ligação. Expliquei,não adiantou muito não… 


Sei lá porque naquele momento o mundo inteiro coube na minha cabeça. 
É assim que as coisas são, as pessoas não se importam muito com o que não lhes é próximo ou conhecido… Mas quem não conhece a dor de perder um ente querido?
De novo eu não encontrava o que dizer, nem pra ela nem pra eles. 

A indiferença me tornou muda e um tanto apática. Ultimamente tenho tido que lidar com coisas tão maiores que eu, que criarei uma personagem, tem que ser um gigante, feito os bonecos do carnaval de Olinda…
19/04/2011

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