27 de jun. de 2010

AQUELES QUE RESOLVIAM OS PROBLEMAS DO MUNDO

Há tempos falo coisas que as pessoas não entendem ou gostariam de não entender.  Há algumas categorias de pessoas: As que são e gostam do que são;
As que são e não gostam do que são;
As que são e tem medo do que são;
As que são e não tem coragem de ser;
E as que nem sabem o que são, quem são, para onde vão.

Perceber a vida, perceber o mundo é algo dolorido e que leva à solidão.  Eu sempre gostei de barzinho ainda que não consumisse álcool e sempre achei que as melhores turmas eram as dos beberrões. Pessoas que entre um gole e outro tramavam tomar o poder, conspiravam contra o Estado, criavam soluções para os problemas do país e da humanidade e zoavam interminavelmente com as suas próprias caras e dos outros também. Esse tipo de bêbado está extinto, devem ter morrido todos de cirrose ou de desgosto vendo a humanidade perder o humor. Pode ser que os sobreviventes tenham se regenerado e quem sabe, agora casados e separados se equilibram na tentativa de pagar a pensão. Pode ser que tenham se convertido a alguma seita que exclui o álcool dos seus dias

Aos bêbados de hoje faltam sensibilidade e preocupação mas não por isso deixou-se de resolver os problemas nos bares é que ao longo do tempo os malucos deixaram de ser beleza, ficaram doidos apenas. Os bêbados atuais não tem cultura ou educação suficientes para dizer que Marx poderia salvar e se acham que “só Cristo salva”, não frequentam bares. Ficam por aí aprendendo dancinhas estranhas, cultivando músculos, reclamando do mundo como se não fizessem parte dele.
O ser humano comum ficou refém das notícias sobre celebridades. Comentam sobre reality show do qual jamais poderão participar, pois que pessoas comuns eles são.

Vivemos uma época árida onde não há comunismo e todos de uma forma ou de outra tornaram-se reacionários, porque parece que só há o consumismo e o único regime amplamente conhecido e divulgado tem como sinônimo a dieta.

Assim sou uma pessoa reclusa que sai de casa todos os dias por força da obrigação no entanto, não me encontro com ninguém. Um ou outro jornalista, algumas pessoas lúcidas me sinalizam que se não tenho razão posso ter concordância, mas a luta é algo tão antigo que desbotou-se e não é mais uma alternativa.

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