8 de jun. de 2014

RECOMEÇAR


Eu te entrego o que mais prezo o que sempre quis pra mim. 
A liberdade de ser livre e escolher a liberdade.
A quem interessa um amor assim
Minguado, pequeno, franzino, miúdo, sofrido, severino, talhado por maldade.
Quem compra na caixa sem querer ver assim
A lealdade do amor verdadeiro, que se olha no espelho e se vê tal qual é.
Mal partiu, mal nasceu está perto do fim.
Desacreditado, inocente, sonhador, incompetente, versador, do jeito que é.
Aquele filho que a mãe esconde e o pai não diz sim.
Crédulo, brasileiro sem jeitinho, crédulo, joão bobo, zé mané
Com talento pra viver, com jeitinho pra sofrer,
Adoravelmente acridoce, péssimo aluno, disrítmico, folgado, confortável
zero à esquerda pra enriquecer.
no limite da preguiça, sobre a risca do desafio, tolo, tolo, indefensável.
Nordestino, carioca, baiano, crioulo, e tudo que se fala mal quando se vê
Não vai lhe contar nenhuma história que viu na TV
Não vai te entregar nada que não seja próprio, não é abusado
Mas você tá grande e pensa que me engana
quando engana a si mesmo, assim mesmo.
A quem interessa a liberdade?
A qualquer prisioneiro que não tenha preguiça de viver.
Que entenda que amar é construir nova casa a cada dia,
É capinar, plantar, semear, regar catar pragas, arar
E no auge do cansaço, recomeçar.

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