
" O botão desaparece na flor que desabrocha, como se ela o negasse;da mesma forma, o fruto coloca-se em lugar dela como se a existência da flor fosse falsa. Essas formas não apenas diferem, mas rejeitam-se como incompatíveis. Porém não só se contradizem, como uma é tão necessária quanto a outra, e significa a vida do todo."
HEGEL
(...)É preciso não sucumbir quando naufragam.
Que mão nos segura à margem? Talvez a crença de que tudo faz parte do mesmo fluir: amor e solidão, nascimento e morte, entrega e decepção. De que algum sentido existe - o essencial, que nossa inquietação procura."
(...)"O artista guarda a visão mágica da infância quando o real e o imaginado convivem sem problemas. As entrelinhas - mais importantes do que as linhas - espelham essa dança de máscaras e desvendamentos.
Criar personagens trágicos não significa que o autor seja pessimista: muitos humoristas são calados e deprimidos. Nem sempre a filosofia de meus personagens tem muito a ver com a minha, nem vivo suas trajetórias. Mas sou mãe desses que dormem dentro de mim como filhos possíveis, sementes com sono do fruto.
(...)
LIA LUFTY em O Rio do Meio
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