Hoje, depois de uma chateação, no meio da rua, em pleno rush, uma menina desconhecida, aparentando uns 9, 10 anos, uniformizada, aparentemente vindo da escola, acompanhada por duas senhoras e outra menina, no caos trazidos para as calçadas pelas distantes e estreitas travessias da BRT com seus sinais com tempo insuficiente para que atravessemos as pistas, me parou, esticou sua mão e entregou-me essa florzinha.
Como quem estende um comprimido a quem sente dor. Como que oferece um copo d'água para quem tem sede.
Como brinde, ainda me entregou seu sorriso ao perceber o meu espanto. Surpresa, sorri e só deu tempo de dizer obrigada, depois de perguntar se era realmente pra mim.
Como uma visão, uma ilusão, uma miragem, vi-as afastarem-se no tumulto enquanto eu tentava perceber se a flor era natural ou artificial,como se isso pudesse ter alguma importância.
É impressionante a linguagem que a vida escolhe para conversar com a gente.
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