“Dei um Google” na palavra mulher. Nas sugestões de pesquisa apareceu: “mulher melancia, mulher sem roupa, mulherada boa, mulherão, mulher procura homem, mulher gata”. A pesquisa propriamente dita ofereceu-me em 1º lugar “mulher pelada”, um site de fotos de mulheres sem roupas obviamente...
Vivemos mais de 2010 anos pra começarmos a perceber que o mundo não é nada daquilo que contaram pra nós!
Em 1857, tempo que a mulher era totalmente discriminada no mundo todo, operárias fizeram uma greve reivindicando direitos trabalhistas iguais aos dos operários do sexo masculino: Trancaram a fábrica e atearam fogo nela, matando cerca de 130 mulheres carbonizadas. Era dia 8 de março e isto aconteceu em Nova Iorque. Passaram-se 53 anos para que a Dinamarca fizesse do dia 08 de março o Dia Internacional da Mulher. Depois disso, transcorreram mais 65 anos até que a ONU oficializasse esta data e, vamos combinar que a desigualdade ainda persiste por aqui mais brandamente, em alguns países tal e qual era antigamente. Mudar mentalidades naquilo que favorece apenas uma maioria é um processo pra lá de lento e muito doloroso, por maior que seja a minoria em questão. Sorte nossa que o mundo não tem um prazo de validade explícito... Enquanto a terra girar pode-se ter esperança de que algum dia todos poderemos ser iguais diante dos nossos próprios olhares! Podemos ter certeza que se cada um matar o seu leão por dia, teremos uma sociedade respirável para todos. Mas tudo começa pelo nosso olhar e se concretiza através das nossas ações.
Como vemos a mulher? Parece que depende da relação que tenhamos com ela. Uns vêm a mãe, outros a namorada, a amiga, irmã e até há quem a veja do jeito que mostra uma rápida pesquisa na net... A mulher já foi vista como o sexo frágil, como o sexo forte. Hoje dizem que ela anda por aí competindo com os homens, isso depende do ponto de vista, nos estabelecimentos especializados em estética bem pode ser o contrário...
Não deveríamos ver as pessoas de forma tão particular e pessoal, bastaria que víssemos a mulher como gente e já estaríamos habituados a ver todos os demais segmentos da humanidade com igualdade, pois ainda que com as nossas diferenças pessoais somos exatamente iguais: Pessoas, portadoras das mesmas necessidades de afeto e respeito; lutando por um espaço, pela felicidade, pela parte que nos cabe de amor. Sem amor, não há igualdade e sem igualdade não existe liberdade. Isso me faz pensar que o 3º sexo é uma realidade. Existe um conjunto de comportamentos que o caracteriza e permite que ele seja reconhecido mesmo numa breve convivência. Como há as características masculinas e femininas, existem aspectos que distinguem pessoas que começamos de modo genérico, a chamar de “gays”. A quem me disser: “isso é comportamento”, responderei: Então, não deveríamos separar pessoas a partir da sexualidade, algo tão pessoal e particular... E se houvesse necessidade uma triagem, usando-se como critério o sexo (e não comportamento sexual), que separação haveria para ser feita? Ao meu ver apenas REPARAÇÃO. Vivemos num momento de reconhecimento, de unir e jamais separar, segmentar. O mundo está dividido, entre ricos e pobres. Entre os que tem oportunidades e os que não a possuem. Os que são respeitados e os que são ignorados e humilhados. Historicamente a mulher lida com isso tudo, seja sofrendo ou amparando os que sofrem, então que este espírito feminino, não se perca para que a humanidade não esteja de todo perdida.
Que o olhar feminino de amparo, proteção e carinho possa tomar conta do mundo e mantê-lo seguro e tranqüilo como num colo de mãe, mãe que se caracteriza por não fazer diferença entre os seus filhos. São as mulheres que geram, cuidam das sementes que formam a nossa sociedade, tratemos bem delas para que o mundo não nos maltrate. Que a mulher se veja em toda a sua plenitude, que sejamos conscientes da importância de sermos o que somos: pessoas iguais, pois que tudo mais é apenas acessório, as diferenças são uma invenção que tornou o mundo triste. No mês da mulher pense no seu lado feminino, se não tiver (será uma pena ainda não tê-lo descoberto) cuide do lado feminino da pessoa que você ama, se ela diz que não tem, cuide assim mesmo, vai ser bom, você vai gostar e ela (a pessoa que você ama) não precisa saber, pelo menos até que possa entender.
Nossa Rozzi..Tão especial esse discernimento do que somos...queria que ele fosse lido por muitas...muitas pessoas mesmo...
ResponderExcluirUm grande abraço...
Ah, vai espalhando por aí! Beijos e obrigada pela visita! Abraço.
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