Muitos dizem que é feio falar em terceira pessoa e
eu concordo. Direto ao assunto?
Se não
houvesse as inssurreições, passeatas e manifestações certamente estaríamos
colônia de algum país poderoso, vivendo como escravos. O progresso chegou ao
Rio de Janeiro graças à fuga de Dom João VI e sua Família Real e foi parar lá
no Centro Oeste, longe do mar tentando
levar habitantes àquelas terras...
O
poder faz-se acompanhar do progresso ou vice-e-versa. Poderosos precisam de
conforto, a maioria ama ostentação e quem pode manda... Sendo assim, quem vai
pensar em primeiro lugar no povo? Ninguém que o cite em terceira pessoa.
Lula | Haddad | Maluf |
Ouvimos que o povo brasileiro não lê, tem mau gosto, é avesso à cultura, é ignorante, só quer saber de birita e futebol, é vagabundo e não sabe votar.
Ouvimos isso em bom português brasileiro, de pessoas indiferentes à nossa história, falta de oportunidade de
pessoas que se espremem em coletivos que enriquecem o empresário, e passam
horas me trajeto casa x trabalho. Comparados à Europa, somos um país jovem e
nosso desenvolvimento social e político é um processo lento, nossa cultura, a
mais rica do mundo formada pelos sons e
cores de três raças, desenvolve-se movida à globalização, atropelada pelas
influências externas que nos “salva” de nossa própria brasileirice.
Quem fala
mal do povo, tem vergonha de ser brasileiro e apesar do discurso, não se move
do assento pra melhorar o país.
Políticos agem à moda dos pioneiro
extrativistas que trocavam seus espelhos pelo nosso ouro. Partidos políticos se
empenham em alianças onde o importante é abocanhar cadeiras e criam um saco de
gatos que não há presidente que consiga administrar. Governar torna-se a arte
de matar a fome de poder de quem lá está e a fome do povo que
fique pra depois.
Vejo alguns jovens duvidarem que tenha havido uma ditadura e aí, só me resta
aplaudir os que não se perdem nessas questões e vão para as ruas, como muitos
de nós fomos um dia.
Era um tempo que a TV mostrava o que deixavam, hoje mostra
o que querem. De 1 milhão caminhando nas ruas, mostra 300 quebrando patrimônios
e surge a legenda Black Blocs que não é
um movimento, mas um instrumento, uma tática de viés anarquista,
descentralizada, que se põem a serviço de causas que simpatizem expostas nas
manifestações . São anticapitalistas e para chamar a atenção para o que é
reivindicado, atacam os símbolos do capitalismo. Não surgiram ontem, nem são
organizados internacionalmente. Representam aquele “dia de fúria” quando
palavras e protestos não são suficientes. Eles pertencem ao povo, porque o povo
é formado por nós todos brasileiros.
O povo brasileiro não é apenas o miserável
e iletrado. O “mauricinho” e patricinha da Zona Sul são brasileiros e tem todo
o direito de estar nas passeatas, assim como o classe média alta, o nordestino
e o nortista, sulista e as mulheres, os gays e os religiosos. Todo mundo que é
brasileiro e que tenha o que reivindicar que na situação atual, não é pouco.
Manifestações fazem parte de um processo, percorremos todo um longo trajeto, para que
tivessem o direito de acontecerem. Não argumentemos que elas nada mudarão, todo processo muda alguma coisa e a direção dessa mudança vai depender da nossa atitude. É a passividade que não muda nada e ainda propicia que outros mudem por nós e foi assim que todos os males se deram. Vivemos tão engessados na má política e atados em ditaduras que à moda dos militares criticamos e selecionamos o que deve estar expresso nas manifestações e quem pode fazê-las...
Manifestações fazem parte de um processo, percorremos todo um longo trajeto, para que
tivessem o direito de acontecerem. Não argumentemos que elas nada mudarão, todo processo muda alguma coisa e a direção dessa mudança vai depender da nossa atitude. É a passividade que não muda nada e ainda propicia que outros mudem por nós e foi assim que todos os males se deram. Vivemos tão engessados na má política e atados em ditaduras que à moda dos militares criticamos e selecionamos o que deve estar expresso nas manifestações e quem pode fazê-las...
Estamos tão acomodados na nossa zona de conforto permitindo que
homens decidam sobre o aborto que jamais farão, religiosos imponham a prática
da sua fé nas leis que afetarão todos
nós; heterossexuais digam sobre nossos direitos legais e legítimos enquanto
cidadãos pagadores dos impostos mais altos do mundo.
Os "blocs" se movem e se eles
não te representam, faça-se presente onde todos deveríamos estar ou os
políticos dessa política continuarão a agir por nós sempre contra nós.
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