Fernanda Honorato, Patricia Nery e Léo . Foto: Rozzi Brasil |
Nunca a vi chegar à quadra da escola sem cumprimentar as pessoas uma a uma, não importa qual o cargo, função, tipo físico ou qualquer outro fator que se possa usar para descrever diferenciando alguém. Não importa, ela cumprimenta, oferece sorriso e tem sempre uma conversa de pé de orelha.
Sempre a vi posar com a maior gentileza e alegria, para fotos com todas as pessoas que pedem, em fotos onde nem sempre ela, rainha, é protagonista, coisa que ela dispensa em prol de ser igual, porque assim se sente. Quem cresce batucando em Madureira, não tem como sentir-se diferente ou melhor que ninguém. Ponto.
Ela é uma alegria, eu diria que iluminada. Ela é elegante ao mesmo tempo que espevitada. Sim, fui eu quem a chamei de rainha endiabrada, menos pela personagem que ela encarnou no seu primeiro dsfile como rainha da bateria da agremiação e mais, muito mais porque ela não sossega, é inquieta, roda todo o ambiente numa rapidez de deixar qualquer um tonto sem saber dizer onde exatamente ela está. Engraçada e divertida, já a vi séria e concentrada.
Ela samba. Sim, ela samba e faz firulas que inventa. Vai de 0 a 2000 em fração de segundos. Qualquer coisa que eu ouça diferente tudo isso, não combina com o que eu venho presenciando ao longo desses 4 anos de convivência sazonal e, eu vou sempre acreditar no que vivo e vejo, até porque muitos falam tantas coisas - não necessariamente sobre Patrícia é claro, mas falam sem o menor conhecimento de causa. Esse, aliás, tem sido um dos males dos nossos tempos virtuais. As pessoas se protegem na garantia da distância, julgando-se anônimas e falam coias que muitas vezes não analisam, apenas repetem o que às vezes ouvem ou leem de quem não conhecem, sobre coisas que conhecem menos ainda. As pessoas hoje estão desinteressadas de elogiar e falar do lado bom das pessoas. As pessoas estão muito sem piedade, sem gentileza, lutando por coisas mínimas para uma satisfação momentânea e virtual. Mas esse não é o assunto do dia. O assunto do dia, são as fotos que consegui fazer meio que escondido, fugida da minha posição na ala. Esse o único inconveniente de estar envolvida com os ensaios da comunidade: não poder fotografar à vontade e por quanto tempo quiser.
Voltando ao tema da prosa, Patricia Nery, sei que faz milhões de coisas na sua vida pessoal, estuda, trabalha e consegue estar na quadra em todos os eventos e em muitos fora também, mesmo aqueles em que é chamada em cima da hora. Não faço idéia como ela se vira para arrumar roupa, cabelo, unhas, maquiagem, acessórios no imprevisto, na correria. Sei que ela chega como se aquilo estivesse planejado desde sempre e dá-lhe sorrisos. Ouve com atenção e não é "sissi".
Tradicional como eu gosto de ser, acho essa coisa de rainha de bateria, totalmente dispensável, mas se é e está e, todas as escolas tem, fico feliz que na Portela tenhamos essa moça made in Madureira, que é uma grande pessoa e reconheço que tem a marca do portelense, aquela coisa boa e amiga, aquela coisa legal de portelense que o faz saber sempre um tanto de história da escola, do bairro dentre tantas coisinhas mais. Patrícia tem um carinho um carinho imenso com a galerinha da Portela e muita proximidade com os especiais, não à toa que em sua carreira profissional escolheu esse caminho.
Aqui na Foto com Léo, o menino águia e com Fernanda Honorato.
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