29 de mar. de 2020

TRECHOS DE QUARENTENA


Desde o dia 12 Não coloco o nariz no portão. Tenho dois vizinhos de porta, idosos. Ele sai toda hora, ela não sei, é tão mosca morta, nunca se percebe se está em casa. Fico receosa  de tocar no portão e em tudo que ele toca😂
Aquela pausa no home office para ao portão espiar o movimento - que essa rua nunca teve, não existe mais, moro numa vila e de repente ficou complexo retornar à casa, a última da vila. Muita função.
Deixa o sapato fora. Desinfeta maçaneta, lava mão cantando pra não errar o tempo, corre pro banho, bota a roupa no sol - não tem sol, coloca num saquinho impermeável, desinfeta as embalagens das compras, cabô alquingel, passa cloro, no biscoito, no miojo, um por um, lava os enlatados, a laranja, lava a batata e a cenoura, lava a cebola. Faço o quê com o alho?

E há quem diga que na quarentena teríamos tempo sobrando... 
Bota luva, tira luva, liga pra tia, mãe e vó pra garantir que não correram pra promoção do Guanabara ou Supermarket que passou na televisão
Não vejo a hora de algo parecido com normalidade. Ir ali comer qualquer coisa e sair mais bebida que comida ou só ir
na pensão da vizinha e comer uma comida mais decente do que sou capaz de fazer e ainda sai mais barato!
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