A Literatura salta,
Rima porque combina,
Dança, trafega,
Entre quem aceita
E No meio de quem nega.
A Língua é chama que arde
em forma de arte.
A Literatura é a língua solta
Tranquila ou revolta
Ao sabor das marés,
É por ela que tu sabe quem tu és.
A língua avoluma
Tem o ritmo dos fatos, acontecimentos
Olhares, sonhos, descobrimentos.
Língua solta pelas Culturas e rotinas
Língua que responde e sabatina.
Fluída, migratória
transformadora
Perene, transitória
Criadora!
Língua que resiste
Porque o diálogo existe
Porque a comunicação insiste
Porque é no traço
No abraço
No lápis no papel
Na madeira, no cinzel
Na tela, nos dedos,
No pincel.
No cálculo, no coração,
Na medida, sem medida, na intuição
No spray, na pena, na lei
Na declaração, no Direito
Literatura, ninguém prende,
Não tem jeito.
Põem na tranca aqui,
Ela vira arte ali,
Junta culturas já
Ela junta o povo lá
No dia a dia resiliente
Porque a vida é insistente
Prendem a Literatura nos livros
E ela vive a sair de lá
(Com letra ou só com som,
Dentro ou fora do tom
Na estima, na conversa, na rima) Não gravei
Literatura,
Tudo registra
Tudo cura
A única arte que que não depende
de instrumento,
Se tem, uma boca em movimento
e um ouvido atento
Se tá no mudo,
tem uma ideia, um já é plateia
e vamos na linguagem de sinais
E quando tudo faltar, ainda haverá
Literatura no olhar
Literatura é palavra
A palavra que se dá,
A palavra que se diz
A palavra que se pensa
Que se pinta e desenha
A palavra que se empenha
Que não se empenha
Até aquela que não se aprendeu
Mas sabemos dizer de algum jeito
Porque ela brota do peito,
por isso é um direito
literatura é os corpos da gente soltos sem assunto
Transitando pelo direito de existir nesse mundo
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