Quando vim pra cá, tinha dois vasos de árvore da felicidade. Julguei que eram iguais e dei um pra uma amiga. O cachorro dela comeu. O que mantive comigo, minha gata de tanto dormir e brincar matou.
Eu amo pimenta e não sei o quanto ela tem a ver com felicidade, fato é que, peguei umas 3 dedo de moça gigantes, abri e espalhei, sem muita esperança, as sementes nas terras da outrora felicidade. Faz tempo.Quando morei na Lapa passei o tempo todo lutando por uma pimenteira e a gata da época comendo todas as minhas tentativas. Matando meu sonho na unha.
Esse canteiro resseca mais rapidamente, fica na costa do sol do quintal. A arvorezinha cresceu desajeitada e franzina sempre amarelada de sol. Mas me entregou seu fruto.
Num momento tão difícil o sonho abandonado respira, o desejo esquecido nasce. Meu mostruário de natureza me sorri. A vida é insistente e existirá sempre mesmo que a gente tenha desistido da esperança.
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